A digitalização, a sustentabilidade e a poupança de custos definem o ITH Innovation SUMMIT 2022.

As jornadas realizadas no NH Collection Madrid Eurobuilding reuniram grandes representantes do setor turístico e foram marcadas por diversos diálogos e mesas redondas nas quais se debateu sobre as últimas tendências no setor, de grande relevância atual.

O evento presencial organizado pelo Instituto Tecnológico Hoteleiro (ITH) reuniu os principais profissionais do setor hoteleiro em duas jornadas que se destacaram por palestrantes de primeiro nível que manifestaram a importância do valor humano e da inovação tecnológica, além da aposta por uma mudança em direção à sustentabilidade sem perder de vista a situação econômica.

A inauguração desta edição esteve a cargo de Javier García Cuenca, presidente do Instituto Tecnológico Hoteleiro (ITH) e Jorge Marichal, presidente da Confederação Espanhola de Hotéis e Alojamentos Turísticos (CEHAT).

Javier García Cuenca, presidente do Instituto Tecnológico Hoteleiro.

Javier García Cuenca destacou a importância de continuar apostando no turismo de qualidade através de uma competição por valor e oferecer aos clientes uma experiência e estilo de vida únicos. Além disso, enfatizou a aposta que o setor fez na digitalização e na sustentabilidade, que traz um valor acrescentado.

Por sua vez, Jorge Marichal sublinhou a capacidade de adaptação que o setor hoteleiro teve e o trabalho que realizaram para sair da pandemia mantendo a esperança em uma recuperação rápida.

Ao longo das jornadas, houve um grande enfoque em diversos temas atuais que preocupam o setor hoteleiro, dando especial relevância aos recursos humanos como peça fundamental, coincidindo com a grande falta de pessoal que o setor enfrenta. Da mesma forma, notou-se uma grande preocupação com a situação econômica que se avizinha para o final deste ano e o próximo.

Como marca o evento, o eixo principal das mesas de debate centrou-se na tecnologia. Abordaram-se as novas tendências no setor, mas essencialmente valorizou-se a digitalização das empresas, marcada sobretudo pela pandemia que ajudou a acelerar o processo.

Transformação e segurança digital.

Embora a tecnologia seja a ferramenta base para integrar cada vez mais processos e ser mais competitivo, quando se fala em digitalização, falamos de estratégias, controle de custos, sustentabilidade e melhoria de processos internos. Por isso, é fundamental na transformação digital ter uma estratégia bem definida: situar em que ponto nos encontramos e saber o que podemos melhorar para alcançar os objetivos estabelecidos.

Uma das questões que mais preocupam o setor hoteleiro atualmente, especialmente nas pequenas e médias cadeias, é como abordar a digitalização em um ambiente onde se prevê uma queda na demanda em poucos meses. Assim, o processo deve ser realizado de forma adequada, pois, caso contrário, o único resultado será o desperdício dos recursos investidos. Não é necessário realizar um grande desembolso em tecnologia; o importante é ter uma estratégia bem definida e avançar no caminho certo.

Tomeu Enseñat, Iberostar Group; Sebastià Vidal, CEI Europe; Xavier López, EISI SOFT e Juan Carlos Cavero, moderador.

Quanto a este âmbito, Xavier López, CEO da EISI SOFT, destacou que atualmente encontramos dois tipos de empresas: aquelas que há alguns anos avançaram a bom ritmo e atualmente apenas precisam readaptar a estratégia à nova realidade e “aquelas que não tinham nada e que, nos últimos dois anos, deram passos avançados de forma muito rápida, mas seguindo tendências mais do que suas necessidades verdadeiramente avaliadas”.

Além disso, também destacou que na implantação de estratégias de transformação digital é fundamental não se esquecer dos recursos humanos. É de vital importância estudar como o pessoal se adaptará a essa transformação, detectar possíveis lacunas digitais e propor uma solução para elas.

Por sua vez, Sebastià Vidal, diretor de turismo da CEI Europe, destacou a relevância da digitalização na busca pela sustentabilidade. A tecnologia é uma ferramenta que nos ajuda a eliminar o papel, uma vez que é possível compartilhar informações entre departamentos, o que resulta em uma melhoria da eficácia. Igualmente, precisou que “ao melhorar os processos internos com a digitalização, favorece-se a redução de perdas de materiais, como, por exemplo, alimentos”.

Tomeu Enseñat, diretor de segurança da informação do Iberostar Group, sublinhou a importância da cibersegurança no processo de digitalização: “não podemos oferecer produtos digitais se não pensarmos na segurança para transmitir essa confiança aos clientes”. Porque, ao estarmos em um ambiente digital, somos suscetíveis a ataques de cibercriminosos, afirmou que eles são um negócio e que o cibercrime seria, se fosse um país, a terceira potência mundial por PIB.